Ponte Preta, na final do Paulistão

Após 27 anos, a Ponte Preta está de volta à final do Campeonato Paulista. A equipe campineira atuou com um jogador a menos por boa parte do segundo tempo, hoje, em Guaratinguetá, mas contou com grande atuação do goleiro Aranha e demonstrou a raça de que sua torcida tanto gosta para derrotar o time local por 2 a 1.
Como havia triunfado por 1 a 0 no jogo de ida, a formação alvinegra avançou à decisão estadual pela primeira vez desde 1981. O adversário na luta pelo título sairá do duelo entre Palmeiras e São Paulo, neste domingo, no Parque Antarctica.
Precisando da vitória para sobreviver, o Guaratinguetá foi ao ataque desde o início no Estádio Dario Rodrigues Leite. Após exercer alguma pressão, chegou à rede aos 25min, quando Nenê recebeu grande lançamento e tocou na saída de Aranha.
Dois minutos depois, Renato cobrou escanteio, e Luís Ricardo se abaixou para empatar o jogo. Ainda no primeiro tempo, aos 35min, Aranha fez uma de suas muitas defesas decisivas e espalmou pênalti cobrado por Michael.
O camisa dez se abateu com a oportunidade desperdiçada, mas o Guaratinguetá ganhou ânimo aos 12min da etapa final, quando Eduardo Arroz foi expulso. Com um a mais, o time vermelho partiu de vez ao ataque e parou novamente em Aranha.
O goleiro da Ponte fez uma série de defesas difíceis e segurou o ataque dos donos da casa até que Wanderley fosse à rede, aos 33min. O atacante, que acabara de entrar, recebeu de Luís Ricardo, venceu o goleiro Fábio e assegurou a presença do time alvinegro na decisão. Punidos com o terceiro cartão amarelo, o meio-campista Renato, artilheiro do time na competição, e o zagueiro César terão de cumprir suspensão automática. Eduardo Arroz, expulso, também ficará de fora.
Além deles, a Ponte Preta também não terá o meia Elias, que sofreu uma fratura na costela durante a primeira partida da semifinal e continuará entregue aos cuidados do departamento médico campineiro.
Apesar de confiar na força do grupo, o diretor de futebol da Ponte, Sebastião Arcanjo, criticou a atuação do árbitro Cléber Wellington Abade.
"Ele não teve uma boa atuação e, além disso, parece que escolheu a dedo os jogadores para dar cartão. Mas não tem problema, pois nosso grupo é forte", comemorou.
A opinião do cartola foi endossada pelos próprios atletas. "Ficamos chateados pelos desfalques, mas temos jogadores no grupo que podem suprir essas ausências", comentou Wanderley, autor do segundo gol campineiro.
Luis Ricardo, que também deixou sua marca nas redes do Guará, concordou: "Foi ruim os pendurados terem levado cartão, mas não temos apenas 11 jogadores, e sim um elenco. Quem entrar, vai corresponder", apostou.